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sábado, 4 de maio de 2013

Quando a terra treme


Quando a terra treme

...E de novo ouço o vento forte soprar como quem anuncia a volta do furação,

Da destruição

Traz à tona a dor das feridas mais profundas 

E nessa hora...sou sozinha

Meus piores inimigos são os mais poderosos

O “conforto”? Saber que o mestre deles habita em mim

E se eu conseguir vencê-lo, vencerei a mim mesmo, o pior do inimigos

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Sementes de passado


 
É claro que não se pode mudar o passado, mas, que isso não seja uma desculpa pra não olhar pra um erro ou uma atitude e não buscar suas causas. Pois aí, na minha opinião, torna-se negligencia provavelmente com o futuro e, com certeza, com o presente pois as consequências do passado estão aí, com o atenuante de hoje serem sementes ou brotos, ainda sem raízes.

Certamente as causas que nos levaram a fazer isso ou aquilo estão identificadas bem aqui, dentro de nós, porém, é necessária muita coragem pra olhar pra elas e descobrir se ainda estão vivas, se é algo que já faz parte de nós e teremos que aprender a conviver ou se fez parte de nós momentaneamente.

Nossos erros (assim como os acertos, justiça seja feita) possuem “raízes”, ainda que oriundas de sementes de outras árvores. O que estou querendo dizer e está longe de ser novidade é que copiamos comportamentos de pai e mãe principalmente ou, no máximo, tomamos a direção contrária à deles que ainda assim, acabam sendo origem e justificando muita coisa. Mas, como ouvi certa vez, o que mais importa não é o que fizeram com você e sim o que VOCÊ vai fazer com isso. Adoro esta ideia, principalmente porque nos torna únicos responsáveis, daqui em diante, por nós e pelo escolhermos daquilo que vivemos.

Perder a oportunidade de olhar “de fora” qualquer situação importante que tenhamos passado me parece desperdício e covardia, pois justo agora que chegamos do outro lado é que trazemos bagagem suficiente para “passar a limpo” isto é: escolher com o que vale a pena ficar.

Aproveite, desmistifique, dissolva, veja quem era você naquele momento. Que idade você tinha? Olhe a volta... havia alguém mais com você? Quem eram estas pessoas? Eram realmente quem você acha que eram? Personagens?

Entender até onde vão nossos limites, perceber quem nos tornamos nas crises...é nos reconhecer e aceitar com o melhor e o pior, em nosso todo, porque ninguém é totalmente bom ou totalmente ruim. Acreditando que somos nosso pior inimigo, acredito também que nos proteger de nossas próprias armadilhas é talvez um dos maiores aprendizados então, ao menos para que seja possível reconhecer o perigo, olhe, examine, tenha coragem de refazer sua trilha mais obscura sabendo que agora você tem condições de olhar os bichos, monstros e as armadilhas sem a afobação da sobrevivência que nos faz ferir-nos em todas as etapas e não esqueça: durante a corrida no bosque balançamos arvores cujos galhos nos prenderam, algumas sementes se espalharam e certamente algumas podem estar presas ou nos bolsos de nossas "roupas” (ou almas) decida as que quer semear antes que apodreçam ou criem raízes e te prendam em um novo bosque.

A escolha é nossa!

domingo, 24 de março de 2013

Te amar como você é?!?


É fato que o mais importante e imprescindível é que nós estejamos felizes como somos e com o que somos, disso, não podemos ter dúvidas, mas, e aquele papo de que "quem te ama tem que te aceitar como você é”? Ou pior: a "pessoa certa" tem que "te amar como você é!”
Se alguém quer minha humilde (porém muito firme) opinião, devemos é desconfiar seriamente disso. Eu, que acredito em amor como "substantivo concreto", exercício diário e sinônimo de parceria não posso acreditar que alguém que me ame, me enxergue e respeite, não veja em mim coisas a melhorar e muito menos, que não me ajude a "brigar" por estas mudanças e...


ATENÇÃO, camaleônicas de plantão! Pelo amor de Deus, ninguém aqui está falando em se tornar a bonequinha perfeita pro seu amor (uuuiiiii, isso me arrepia!!!)

Então... Voltando à coerência.
Acredito realmente que todos nós, mais do que amadurecer, mudamos ao longo dos anos. Então, porque não recebermos este presente de quem convive com a gente? Tantas vezes com nosso melhor e nosso pior...

Não falo só de namorados, maridos, companheiros, mas de todos que se dizem, antes de tudo, amigos e parceiros... de vida!

O que você espera de quem te ama? Só beijos, agrados, amassos e elogios? Ah sim! Ou você também acha que amar é aceitar tudo "perfeitamente como está"?

Amar, pra mim, é não pedir nem querer que o amado em questão, abra mão daquilo que lhe é essencial, daquilo que o faz sorrir, que o faz pulsar. Nestes pontos, sim, acredito ser importante aceitar. Me espanta ver como uma criatura que não gosta de mar pode querer dividir a vida com um velejador profissional. Quem sou eu pra dizer que não pode dar certo, mas...

Abrir mão do que te é essencial na vida, ainda que por um grande amor, é criar uma dívida consigo mesmo e ter no amado (a) seu fiador, ou seja: se um dia a coisa apertar, é dele(a) que você vai cobrar e talvez, ainda tenha que ouvir a dura verdade de que a escolha foi sua (E não foi?)

Então... Viva o equilíbrio!!!
Se a estrutura da casa não agrada, provavelmente é melhor procurar outra do que tentar derrubar as vigas principais e se, ao contrário, é a casa dos seus sonhos não acredite que jamais (nunca) nada precisará ser mexido e mudado. Ainda que seja...só manutenção...!

segunda-feira, 4 de março de 2013

OUTRO PONTO DE VISTA

Ok! Todos temos o direito de, num dia cheio e difícil , nos irritarmos com o chato, o burro, o lento e com todos os outros que são diferentes de nós (que é claro, imaginem! Não temos estas características!) mas, se pudermos nos policiar para reagir a estes seres apenas nestes dias, acreditem, nos tornaremos pessoas muito melhores!

Que tal toda vez que alguém custar a entender algo que você explica pela quarta vez, em vez de se irritar, responder ironicamente, fazer caras e bocas, ter qualquer atitude que intimide ou humilhe o tal ser, você simplesmente pensar (e acreditar) que pode ser uma limitação REAL e agradecer a Deus, seus pais ou a quem preferir por ter capacidades que faltam a outros?

Mude o ângulo de visão e, ainda que momentaneamente, acredite que a criatura, de verdade, não está "de sacanagem com a sua cara" e sim realmente com uma limitação ou dificuldade.

Como você reage quando assiste a um daqueles filmes que tem como protagonista alguém que superou seus próprios limites? E como você se sente um pouco antes do final feliz, quando o personagem parece que não vai conseguir? Ou, mesmo no meio do filme, quando parece que ele vai desistir? Já se percebeu torcendo por aquele ser fictício?

Pois é, a maioria de nós consegue fazer isso. Pena que na maioria das vezes nossa postura também termina junto com o filme, também é apenas uma ficção!

Se conseguirmos acreditar que, por mais absurdo que nos pareça, a pessoa REAL à nossa frente está se esforçando e fazendo o melhor que pode (seja no momento, no dia ou sempre...) com certeza mudaremos nossa postura imediatamente e muito provavelmente teremos a oportunidade de nos surpreendemos. Se não com a superação da pessoa, com a NOSSA própria superação, pois desde que o mundo é mundo, aceitar o diferente é um desafio aos seres humanos.

Você já tentou escrever com a mão que tem menos habilidade? Lembra como entender fração ou aquela simples equação matemática era tããão difícil aos 12 anos de idade? Pois é! Muito na vida é questão de maturidade (cerebral,física, emocional...) Que pode demorar mas ... às vezes, nunca chega.

Mas, aceitar que não somos o centro do universo (sim, ainda que inconscientemente, agimos muito assim) e que outro infelizmente não tem, talvez, a mesma capacidade que você, sem dúvida é um desafio à sua inteligência e nobreza de espírito, topas?

Ah! E se por acaso a tal criatura realmente for preguiçosa ou estiver tentando te fazer de bobo, acredite! Nada como um pouquinho de tempo pra deixar isso bem claro. Ela não resistirá à SUA mudança.