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terça-feira, 20 de novembro de 2012

À minha árvore

Quero dedicar alguns minutos pra te agradecer imensamente pelo amor próprio, coragem e dignidade que você plantou e garantiu todas as condições pra que crescessem em mim.
Nem sei se realmente são estes os nomes certos mas o fato é que sinto um orgulho cheio de não querer o que não seja meu, saber que nada paga minha paz comigo mesma, que posso feliz pendurar a melancia no pescoço e as uvas nos cílios e ir pra onde meus pés me levarem pois isso não desrespeita e nem diz respeito a ninguém senão a mim mesma e, se no caminho ainda fizer alguns gargalharem, estará bem pago meu suposto mico.
Gosto do limpo, do sincero, sem hipocrisia mas com a sensibilidade da discrição.
Obrigada, mãe! Por me ensinar a acreditar numa justiça maior ainda que hoje, pelo cansaço das dores, você mesma já pareça não acreditar muito nisso.
Obrigada por me ensinar que o amor é o melhor remédio pras dores inevitáveis, pra saudade, o melhor contrapeso pros erros sinceros...
Obrigada por me dar um esqueleto pra alma.

Um comentário:

  1. Filha, alguma coisa pode e deve ter vindo através de mim, que também herdei de outros muitos, mas brotou em você e por você foi cultivado.
    Mas saiba que, embora as injustiças, ainda creio na justiça que contrabalança os enganos através de gentes como você e como outros de nós.
    Obrigada por manter uma alma acesa nos esqueletos que carrego. Que bom você ter me escolhido para o melhor oficio de minha vida!

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